Por Davi Paiva
O que se esperar do segundo filme de uma trilogia norte americana?
Que ele seja melhor que o primeiro!
E se ele for baseado em um livro?
Que seja melhor que o primeiro e que seja fiel ao livro!
Sejamos francos. Essa minha linha de raciocínio não está errada. E é mais ou menos com ela que o povo foi aos cinemas assistir ao segundo filme baseada na trilogia de J.R.R. Tolkien, O Hobbit – A Desolação de Smaug (2013).
Não vou mentir: não li o livro embora conheça a sua história graças a uma graphic novel emprestada pelo outro autor deste blog, o Fernando “Oneiros”. Mas já tinha uma grande expectativa por ele graças a amigos que comentavam muito bem dele em redes sociais (mais tarde quando fui assistir ao filme Frozen, aprendi a não confiar tanto em certas opiniões…) e não me arrependi de ter ido sozinho ao Mooca Plaza Shopping assistir ao filme do jeito que mais gosto: legendado e não sendo em 3D.
O que posso dizer? Vamos ao meu velho jeito de comentar:
Roteiro: como sempre falo, criar uma história zero não é fácil. Em conversa com o Fernando ele alega que há uma gafe de que o Gandalf em O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel não sabia que Sauron havia retornado. E agora nesse filme, ele descobre. Logo… como ele pôde não saber? Será que ele terá uma amnésia no próximo filme (Lá e De Volta Outra Vez, previsto para o fim de 2014)? Além disso, o ponto em que discordamos é do ligeiro affair entre o anão Kili e a elfa Tauriel. Eu achei legal e o meu amigo não (o que rendeu uma hilária disputa de queda de braço para ver quem estava certo…).
No resto, posso dizer que esses roteiros estão cada vez mais voltados para ação e que tudo que ali ocorre é mais voltado para cativar e impressionar o público. Nada contra: fiquei impressionado mesmo…
Atuações: não gosto do Orlando “Legolas” Bloom e vê-lo voltando a atuar em um papel como esse é algo que deixa a desejar (podiam ter escolhido um ator melhor). Todavia a “sorte” desse ator é que ele sempre é eclipsado por outros melhores (é só assistir aos filmes Troia e Piratas do Caribe que entenderão do que estou falando…) e todos salvam a produção.
Cenas de ação: Legolas radical (não gosto dele atuando. Lutando é outra conversa…)! Anão em barril com atropelar! Smaug apelão! E muitos orcs matando ou sendo mortos! Nesse quesito, O Hobbit – A Desolação de Smaug merece o título de “o segundo filme é sempre bom!”
Trilha sonora: é uma típica orquestra ou um pouco cantiga medieval. Tudo o que é esperado de um filme norte americano sobre um mundo fantasia. O que não quer dizer que seja ruim.
Figurino: também não tive do que reclamar. Tudo ali pareceu dentro do cabível para um cenário de Tolkien e com qualidade.
Cenário: também foi bem criado e variado: campos abertos, florestas, cidades e a montanha com as suas riquezas.
Agora aqui abro um espaço para avaliar o personagem mais rico da ficção (por enquanto! Tenho planos de escrever um mais rico ainda…). O dragão Smaug.
Eu já sabia que ele havia sido dublado e interpretado graças aos sistemas de sensores pelo ator Benedict Cumberbatch, que cada vez mais se destaca pela sua versatilidade. E como eu disse antes, assistindo ao filme legendado pude apreciar melhor o tom de voz empregado.
Por mais que o meu primo que é dono do blog Detonerds (quem quiser conhecer, clique aqui. O garoto é novo. Vamos dar uma força a ele) não tenha gostado, dou apoio ao meu amigo Fernando que alega que aquele foi o melhor dragão já criado no cinema. E isso não ter a ver somente com tecnologia: a presença, as falas e as atitudes de Smaug fizeram dele um monstro temido pela sua inteligência e capacidade de se impor.
Concluindo: assim como em Homem Aranha 2, A Hora do Rush 2 e O Retorno da Múmia, O Hobbit – A Desolação de Smaug é um filme que eu apreciei bastante e espero que o terceiro filme seja bom (ao contrário do que a continuação de qualquer um dos que citei…). Acredito que será, pois é uma produção que a New Line Cinema tem investido pesado em elenco e em efeitos.
Vou ficar a postos para assistir ao terceiro filme. E espero que vocês que estejam lendo voltem para ver a minha resenha de Lá e De Volta Outra Vez.
Obrigado a todos(as).